terça-feira, 26 de abril de 2011

Guarulhos e a Imagem da Cidade

Após a primeira terrível instrutiva visita à GRU, passando por todo o Rodoanel à 60 km/h, a missão atribuída ao nosso humilde caótico grupo, foi a de identificar e catalogar os Marcos Referenciais da cidade.
Iniciamos o estudo nos baseando em grandes referências, a dúvida era se a teoria usada seria de Aldo Rossi, do livro "Arquitetura da Cidade" ou Kevin Lynch em "A Imagem da Cidade". Após calorosas discussões, percebemos que o Lynch se enquadrava no nosso objetivo por ser mais direto.

fonte:  acervo G4 baseado no livro "A imagem da cidade"



Segundo o Lynch, Marcos Referenciais caracterizam-se por serem elementos da paisagem que se diferenciam do contexto em que estão inseridos por característica singulares. Geralmente estão associados à memória e à orientação do observador. São parte de um sistema coerente, que, junto com os demais elementos (limites, bairros, vias e cruzamentos) possibilitam que seja formada uma imagem da cidade

Legal! Com essa teoria muito saturada clara na cabeça preparamos um questionário com algumas perguntinhas para irmos à guerra Guarulhos colocar a teoria em prática.

1. Idade
2. Há quanto tempo reside na cidade
3. Um edifício, monumento ou lugar que representasse a cidade ou fosse um Ponto de Referência.

Após perguntarmos à pessoas de classes sociais, idade, instrução e em atividade diferente, chegamos à um resultado decepcionante interessante. Os cidadãos de Guarulhos possuiam uma imagem da cidade extremamente local. E os vários edifícios marcantes que havíamos catalogado, em sua grande maioria, foram pouco lembrados, ou completamente esquecidos. Geralmente sendo citado o local onde foi realizada a entrevista. Inclusive o Vaticano Aeroporto Internacional de Guarulhos foi citado apenas duas vezes.

fonte: nordesteinforma.com.br


Conclusão: Guarulhos NÃO tem Marcos Referenciais, a teoria do Lynch NÃO se aplica à nossa realidade, NÃO existe uma imagem da cidade em Guarulhos devido à sua ocupação fragmentada.

Ok, mas e agora? Orientados pelos professores Araken e Manoel, buscamos e discutimos o ocorrido e apoiados pela teoria dos "Não Lugares" do Marc Augé, só pudemos deduzir que a cidade se caracterizava como um "Não Lugar" imenso.

Segundo Marc Augé o "Não Lugar" se caracteriza como um espaço de passagem por onde transitam pessoas e mercadorias, onde os acontecimentos são muito rápidos. Assim, ele não cria relações, memória ou identidade.

Kevin Lynch, seu safado! Quebramos as suas pernas!

Bom, para quem quiser a apresentação na íntegra, o G4 disponibilizou abaixo, todas as apresentações da turma de PUI do ano de 2011. Curtam!




Fontes:

livros:
“a imagem da cidade” – LYNCH, kevin – livraria martins fontes editora ltda, 1980, SP
“não lugares – introdução a uma antropologia da sobremodernidade” – AUGÉ, marc – graus editora, 2005, Lisboa


textos:
“não lugares – marc augé, resenha – joão luis binde” – Revista Antropos – Volume 2, Ano , Maio de 2008 – ISSN 1982 – 1050
“habitar o não lugar” - cristiane dias – com ciência – revista eletrônica de jornalismo científico – unicamp.
“La "insoportable levedad" de lo urbano” - LACARRIEU, Mónica -  EURE (Santiago) - 2007, vol.33, n.99, pp. 47-64.


sites:
urbanidades.arq.br
www.vitruvius.com.br
www.visitesaopaulo.com

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